Olá, meu nome é Sérgio Espada, sou o idealizador do Projeto Parques Nacionais, e este é o meu texto de estreia no Guia do Esporte. Para começar, nada melhor que contar um pouco da trajetória que me trouxe até aqui. Vamos nessa?
O Início de Tudo
Para iniciar, sou natural de São Paulo, capital. No entanto, dividi a minha infância e juventude entre a cidade de São Caetano do Sul e a casa de campo da família em Ribeirão Pires. Foi nessa casa, à beira da represa de Rio Grande da Serra, onde tive os meus primeiros contatos com a natureza e com os esportes ao ar livre.
As construções de cabanas e de casas na árvore eram uma rotina que me levaram as primeiras trilhas, tanto a pé como de bicicleta. O caiaque, a vela e o esqui aquático também eram parte do dia-a-dia quando estávamos por lá. Um pouco mais tarde, na juventude, pratiquei o trekking de regularidade e descobri o mergulho autônomo. Foi um privilégio ter contato com essas atividades ainda tão jovem.
Minha formação foi uma conseqüência das minhas aptidões. Me formei em um curso técnico de Mecânica. Depois, seguindo o andar da carruagem, ingressei no curso de Engenharia Mecânica. Posteriormente, fiz uma pós-graduação em administração de empresas. Em resumo, foram mais de 20 anos na área de desenvolvimento de produtos no ramo automotivo. Embora nunca deixasse de estar próximo à natureza.
A Vida ao Ar Livre
Apaixonado por fotos e por viagens de aventura viajei pelo Brasil e pelas Américas. Sempre em busca de atividades que se encaixavam em meu perfil. Assim, conheci muitos Parques Nacionais e Estaduais, entre outras áreas naturais Brasil afora.
Na América do Sul visitei o Peru, a Argentina, a Bolívia, a Venezuela, o Chile e o Equador. E tive a oportunidade de vivenciar experiências de natureza nesses paraísos. Percorri a Trilha Inca. Caminhei sobre glaciares. Vi o maior deserto de sal do mundo. Me senti uma formiguinha no Salto Angel (a maior cachoeira do mundo).
Percorri as trilhas do Parque Nacional de Torres del Paine. Escalei um vulcão e me integrar com a natureza no Parque Nacional de Galápagos. Entre tantas outras que ficaria muito extenso descrever aqui.
Mudando de País
Vivi nos EUA por dois anos e descobri a magia dos Parques Nacionais americanos. Assim, conheci alguns deles, como por exemplo, o primeiro Parque Nacional do Mundo, o Yellowstone. E o tão desejado pelos escaladores, o Yosemite.
Foi durante essas experiências morando fora do Brasil, que o desejo de mudança veio forte e me pegou de jeito. Embora ele já fosse antigo, talvez desde a primeira vez que pisei no Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha. E aqui abro um parêntese.
Em 2008, quando fui mergulhar em Noronha, tive a vontade de não sair daquele lugar. Queria morar lá. Viver todos os dias perto daquela natureza quase intocada. Ficar imerso em toda aquela energia.
Acontece que a minha carreira de engenheiro me cobrava e voltando de lá, a rotina do dia a dia me consumiu rapidamente. Noronha virou um sonho no passado. Depois disso, a cada parque nacional que visitei, a cada montanha que subi, e a cada mergulho que fiz, essa vontade de viver na natureza sempre voltava. Mas ainda sim me faltava coragem.
A Mudança de Rumos
Até que essa vontade de mudança bateu forte mesmo. E foi maior do que os meus medos. Era algo que vinha de dentro. Vinha da alma, e eu já não podia mais controlar. E o que eu tinha a perder se não a chance de tentar? Me deixei levar.
Abri mão de uma vida de confortos, de um emprego “estável” (se é que eles existem), um ótimo salário, uma carreira e uma vida no país que é desejo de muitos. Troquei o certo pelo incerto. O futuro aparentemente já desenhado, pelo presente a ser aberto. Descoberto! Troquei os anos de estudo das ciências exatas pelo aprendizado das áreas das ciências biológicas e humanas.
A Criação do Projeto Parques Nacionais
Decidido a seguir minhas paixões e meus sonhos, criei o Projeto Parques Nacionais. Voltei para o Brasil, para as minhas raízes. Queria dedicar a minha vida ao que mais gosto de fazer; conhecer novos lugares, novas pessoas, novas culturas, compartilhar minhas experiências e divulgar as belezas naturais e culturais do meu país. Queria falar para os brasileiros sobre os nossos PARQUES NACIONAIS.
Mas o caminho era árduo. Embora ter muita vontade ainda sentia que me faltava alguma experiência. Assim, descobri no trabalho voluntário. Uma forma de adquirir conhecimento e de ajudar como podia. Descobri a educação ambiental. Apaixonante!! As pesquisas científicas. A gestão das unidades de conservação. Conheci muita gente também, às quais sou muito grato, disposta a me ajudar e a compartilhar conhecimento. E tudo isso só fez crescer minhas motivações.
Meu plano inicial era viver essa mudança por um ano. Um ano sabático! Mas esse primeiro ano passou como um flash e abriu meu apetite. Assim, no momento que escrevo esse texto, já se vão dois anos e meio desde que tudo começou.
Durante esse período, aprendi muito, e fui percebendo que o meu propósito ia além de fazer os Parques Nacionais brasileiros conhecidos. Percebi que era preciso fazer as pessoas apreenderem mais sobre o meio ambiente. Era preciso conscientizar, engajar.
O Meio Ambiente precisa de Ajuda
Deste momento em diante já não era mais uma questão de desejo de compartilhar. Era uma questão de necessidade. As áreas verdes, os oceanos, e toda a biodiversidade brasileira pedem socorro e não dava mais para ficar calado.
O Projeto Parques Nacionais ganhou outras frentes de ação e de divulgação. Hoje é um projeto de educação e engajamento nas causas da nossa maior riqueza: a nossa natureza e a nossa cultura.
Se você ainda não conhece o projeto, fica ligado nos canais:
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