Esporte Outdoor Responsável

Esporte Outdoor Responsável

Crescimento exponencial

É fato que as atividades ao ar livre tem crescido substancialmente no Brasil. Atividades como o trekking, a escalada, o montanhismo, o campismo, mountain bike, corridas de aventura, entre outras. Sem falar nas atividades puras de lazer, como a visita a cachoeiras, rios, mirantes, etc.

Embora não se encontrem dados de pesquisas que demonstrem essa afirmação, quem as realiza sabe bem. É cada vez mais comum encontrar aglomerações de pessoas durante as práticas. Lugares onde não se via ninguém há alguns anos, hoje estão lotados. E isso vem aumentando a cada ano.

Existem algumas razões para isso. Uma delas é o aumento da disponibilidade e do consumo de informações na internet. Destacando-se as redes sociais. Elas causam o estimulo do desejo de viver as mesmas experiências ali retratadas.

Outra razão, é a maior acessibilidade a equipamentos que viabilizam as práticas. Por um lado é muito bom, pois traz uma democratização dos esportes. Por outro, acaba por confundir os iniciantes. Estes acreditam que possuidores dos equipamentos, já estão automaticamente aptos. Como se essa fosse a única e exclusiva variável para o exercício da atividade escolhida.

Atitudes responsáveis

Surge daí, alguns questionamentos. Estaria esse crescimento acontecendo de forma sustentável? Será que todos que ingressam no mundo “outdoor” possuem afinidade com o meio ambiente? Será que conhecem as melhores atitudes para se comportar em tais lugares? Ou estariam à procura de “selfies” e exibicionismo? Apenas sofrendo as influências das redes!

A resposta eu diria que é: depende! Generalizar situações geralmente nos leva a conclusões erradas. Tenho visto um grande número de pessoas que iniciam neste mundo, já engajadas com os esportes e com as causas ambientais.

Na contra mão, vejo um número considerável de novos adeptos que mal sabem o que, e porque fazem. Seguem uma onda e se comportando com maus hábitos. Hábitos estes, que mesmo fora do ambiente natural, são considerados lamentáveis. Infelizmente, muitas vezes os exemplos negativos acabam sendo mais marcantes.

Vejo ainda, um outro grupo, este talvez mais preocupante. São os praticantes assíduos, ou até mesmo que tem as atividades ao ar livre como meio de subsistência. Mas que entretanto, ignoram as melhores atitudes. As vezes por falta de conhecimento, descrença, ou ainda preguiça. Estes, acabam sendo péssimos exemplos a quem inicia.

Aqui vale uma ressalva. Na prática de atividades que envolvam ambientes naturais, o impacto zero não existe. No entanto, existem sim formas de minimizá-los a quase zero. Para isso, é preciso estar aberto ao conhecimento.

Abrir mão das soluções mais fáceis e despreocupadas e substituí-las pelas conscientes e sustentáveis.  Estas atitudes são então, as que representam o último grupo. Dos adeptos das atividades na natureza que praticam o mínimo impacto. Concluindo, são estes os exemplos a serem seguidos. 

Sustentabilidade

No contexto das atividades ao ar livre, a sustentabilidade pode ser definida como: a utilização dos recursos naturais, e o atendimento da necessidade do praticante, sem comprometer a experiência do próximo ou impactar as formas de vida existentes no local da prática. Seria como você deixar a natureza da mesma maneira que você a encontrou, aliando atitudes altruístas.

Colocando o próximo, pessoas ou a própria natureza, em primeiro lugar. Ou ainda algo mais clichê. Nada se tira, nada se leva, nada se deixa e nada se mata!

Simples nas palavras, mas que exige um certo grau de respeito à si e ao próximo. Exige responsabilidade compartilhada e pensamento coletivo. Envolve valores pessoais e éticos. Ou seja, tudo fica bastante complexo. Por isso, nem todos se dispõe a exercitar.

Benefícios dos esportes na natureza

É comprovado que as atividades na natureza trazem um grande número de benefícios para a saúde de quem as pratica. Além disso, a presença de pessoas em ambientes naturais é uma ótima ferramenta de conservação.

Elas inibem a presença de atividades ilegais como a caça, o extrativismo, o desmatamento. Em adição, aumentam a demanda por lugares naturais. Exigindo assim, a criação de novas áreas protegidas. 

É fato também, que essas atividades quando aliadas ao conhecimento das melhores práticas e as ferramentas da educação ambiental, aprimoram a compreensão das relações entre homem e natureza. Melhoram o conhecimento da necessidade de preservar os recursos naturais. E mais, trazem um aumenta à conscientização ambiental e ao respeito aos animais. 

Depende de cada um de nós

A preocupação na forma com que as atividades ao ar livre são praticadas e desenvolvidas merecem atenção. Principalmente em locais onde não se tem o controle da visitação. Sem regras de uso bem definidas e aplicadas.

A realidade é que o aumento no número de pessoas na natureza é um caminho sem volta. Por isso é importante comunicar de forma correta. Utilizar das mesmas ferramentas que atraem as pessoas para o ambiente natural de forma positiva. Utilizar para o engajamento, a educação e a geração do conhecimento.

Na dúvida pesquisar! Se informar e colocar em prática. Ou procurar por entidades que fazem treinamentos sobre os assuntos das melhores práticas.

Cabe a cada um de nós, independente de governos, ou entidades privadas, fazermos a nossa parte. Exatamente como está escrito na nossa constituição.

“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações.”

Faça a sua escolha. De qual lado você quer estar? Do lado da natureza ou do lado do seu próprio umbigo?

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